domingo, 4 de abril de 2010
o melhor
um dia o tempo vai passar
e você vai perceber
que não importam as dores
não importam as quedas
os erros, as desilusões
um dia você vai simplesmente acordar
e notar que não é mais quem dormia
e será necessário desprender-se
de orgulhos, teorias e buscas
para nascer em uma nova pessoa
vai perceber a inconveniente diferença
entre o que acham que é o melhor para você
o que você acha que deve ser o melhor
e o que de fato, melhor será
e então, consciente de danos emergentes,
será feliz
Leonardo Guimarães
domingo, 31 de janeiro de 2010
Meu encontro
04 - Worried Shoes by leogomesgj
Quando estou somente comigo
É que realmente me encontro
É como se meu verdadeiro eu
Existisse distante do mundo
A solidão o meu ser, ou então
Sou ausente de mim…
Por vezes não sou
Ao tentar completar-me no outro
Mas doar-me não é nada fácil, digo
Sou uma completa desmedida
Se me entrego, me dôo: quero muito
Se me aperto, me avesso: não quero
Acontece que é sempre o mesmo:
Por fim estou prestes ao encontro
De mim
Comigo.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
o que não existe
sabe quando você descobre aquele perfume
ou aquele prato que se torna seu predileto
uma música que só escuta no alto volume
ou, ainda, um livro que te faz sentir completo
os outros pratos não têm o mesmo gosto
nenhuma outra música traz a mesma paz
e ler outro livro, só a contragosto
mas uma hora você não sente mais cheiro
descobre que a comida não tem mais sabor
esquece o som da musica por inteiro
e percebe que o livro nem falava sobre amor
Leonardo Guimarães
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
poesia natural de onde.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
soneto da espera
domingo, 3 de janeiro de 2010
sorriso
beijou-me e parou pra me olhar
fitou-me através dos óculos
e prendeu-me em um doce devaneio
sorri, pois, na verdade, não conseguia dizer muito
entrelacei meus dedos aos seus
e sorri.
Leonardo Guimarães
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Coração de poeta
E logo eu que sempre fui de estar bem sozinho
Vi o anoitecer e quis companhia.
A noite passa, o dia passa, o bonde passa...
Coração de poeta é fraco
e não pode com emoção forte
mas insiste em querer palpitar
e não para por amor – e sorte
Mas se para, é pra te ver passar
E assim fica até o instante acabar
Perigoso é, se atordoado, esquecer
A hora certa de voltar a bater
Leonardo Guimarães
domingo, 5 de julho de 2009
o ser de quem sou
do nordeste do leste europeu
da lua e do planeta distante
sou de todo lugar
sou flor e espinho, comutativamente
sou dor e sofrer, do coração de toda gente
sou eu, sou bem querer e mais não poder
sou passo breve, matuto, faceiro
sou o olhar derradeiro
estrada sem rumo
menino sem prumo
cangaço sem fumo...
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Tem dias
e quer ganhar um abraço
mas não quer pedir um abraço
é como uma moça que ama secretamente
e espera um passo a mais de seu amado
tem tardes, daquelas ensolaradas
que a gente só quer ganhar um beijo
mas não quer pedir um beijo
é aquela vontade de beber água
mas não querer levantar do sofá
ah, tem dias que a gente quer tanto...
e a gente não ganha.
Leonardo Guimarães
quinta-feira, 23 de abril de 2009
O Meu Ser

domingo, 19 de abril de 2009
Pulsação
Pulsa no peito, doido que só
que se pulsa, me impulsa, feroz e delirante
a um amor, uma oração, ou então algo maior
Pulsante coração, de inexorável atuação
destina pulsações a mais de um ser
pois pulsar por uma amada em solitário é razão
arritimiar-se no peito em plural, é viver
Pulsa, coração! pulsa a mais não poder
Troveja em teu peito, tempesta em emoção
Como tu, outros pulsam, em desejo de te ter
esperando a alegria que tu destinas, pulsação
Leonardo Guimarães
quinta-feira, 16 de abril de 2009
despedida de cantador de viola

domingo, 1 de março de 2009
Encontro
Com o mundo às costas
A solidão não me entristece
Mas feliz não me deixa
É como se já fizesse parte de mim...
Em buscas por não estar só,
Encontro-me, cada vez mais,
Carente de mim
Ah, quem sabe um dia
Eu me encontro de vez
E vivo feliz para sempre...
Comigo.
Leonardo Guimarães
sábado, 14 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A Moça
Veja quem te espera
Lá fora com uma flor
Abre teu sorriso
E põe pra fora teu cantar
Que teu amado tem decorado
Milhões de versos pra declamar
Aparece e depois desce
Que ele também trás consigo
Mil e um beijos. Ou mais...
E abraça-o forte, com gosto
Juntando seu corpo ao teu
Que se beijas e amas o oposto
Beijado e amado sou eu.
Leonardo Guimarães
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Se tu soubesses de meu amor
Que bate às rosas e as leva ao chão.
Espera-te sozinho, sem um livro, sem uma fumaça, sem uma taça
Que molha a boca e me alegra o coração
E eu não nego a te entregar
O meu ardor, o meu cantar
Toma, é teu!
Ah, meu bem... Se tu soubesses
Tu não serias assim...
Leonardo Guimarães
sábado, 13 de dezembro de 2008
O Passar da Hora
Passa devagar que se não vejo, para.
E tão sacana e faceira, passa esta hora
Que me espera a distração, e escondida, volta
A hora demora sem piedade alguma
Esnoba os amantes que aguardam pra se ver
Dedica-se, especialmente, as moças, uma a uma
Dos Jovens casais que ainda vão se conhecer
Mas chega, e quando chega, apesar de sua demora
Pros jovens, pros casais e quem mais por ela espera
Aperta os corações, pois rápido vai embora
Já que o tempo de demora ela mesma que pondera
Leonardo Guimarães
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Coisa da vida
Que não sossega o coração amado.
Êita Homem besta, sou eu
Que vê quem ama, fica atordoado
Se me briga, esnoba-me
Fico triste que... nem sei
Mas se tu vens melosa, com teu charme
Com esse ar de amor pra dar,
Já esqueci de tudo...
Ah amor, sou teu e, o que é pior: Tu sabes!
Agora veja... Quem diria, eu
Fui me apaixonar por ti, menina
Do mundo passei a ser seu
Num gesto de olhar de esquina...
Leonardo Guimarães
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Pra Liz
domingo, 14 de setembro de 2008
Meu Funeral
Quando eu morrer
Quero algo solene...
Traje a passeio, para formalizar
Óculos escuros, somente por estética
Nada de velas, de faixas, de ditos...
Mas das flores não abro mão.
A música tem que ser triste,
Em tom de adeus.
Violão dedilhando e metais soprando.
Tudo muito suave...
Peço que deixem
Que todos cheguem a mim
Que me peguem, me beijem, me abracem
E que chorem em mim,
Se lágrimas houver...
Quero, por último
Que me cubram e enterrem
Quando o último, seja quem for
Retirar-se de meu lado
Por vontade própria.
Leonardo Guimarães
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Pode mesmo ser
E que todos fiquemos para trás
Que acabe o momento, que apague a chama
E que o vento leve o que restou de nós
Pode ser, talvez, que tudo acabe
E acabe assim, derrepente, num instante
Que a dor corrompa a felicidade
E eu esqueça como é amar
Desastre na vida, pior não há...
Quero amar, voltar a sorrir, voltar a viver
Quero chorar, ter quem abraçar, ser livre, voar
Chegar derrepente e presentear ao aparecer
Aquela que amo, por quem sofro e quero viver
Oh vida, devolva, não seja cruel
Assim tu me amargas, me tira o razão
Dilacera meu peito, quebra o anel
Que existe entre ela,
Que passa por mim,
E encontra o céu...
Leonardo Guimarães
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Soneto da Casa no Campo
Consigo sentir e assim me consumo
O cheiro de tua grama, da madeira do banco
Do orvalho da noite, da fumaça do fumo...
Só me falta teu corpo, tua voz, tua alma
E que venha contigo, o meu doce refúgio
Doce ser que embrutece, depois vem e acalma
Como o mais belo som do mais belo prelúdio
Perderíamos as horas com palavras ao vento
Que voam como pólen e ao longe fecundam
Inaudíveis aos ouvidos mais sensíveis
Mas ainda assim eu estaria atento
Para tuas enchentes de amor, que inundam
Meus desejos e meus beijos – Irreversíveis...
Leonardo Guimarães
domingo, 27 de abril de 2008
Sorriso de criança
Que um sorriso de criança.
A falta de dentes
Gengiva a mostra
Brilho nos olhos...
É tão puro, belo, sincero
E nasce do fundo da alegria
Que por vezes a me sentar, espero
Este luar, ou sol, de novo dia
Sorria, criança, sorria
Que a vida boa é esta agora
Com teu riso vem e irradia
O que se faz belo com ajuda da aurora...
Leonardo Guimarães
quinta-feira, 3 de abril de 2008
O Ser Poeta
Na maioria, e quase sempre, vive triste
Porém, Poeta alegre, um ser de fé
É algo belo, inefável e existe...
Sabe sorrir, sabe cantar e até sofrer
E a vida vai com rumo, destrilhada
Sabe muito, sabe nada , sabe viver
E perde os olhos no andar de sua amada
E há quem diga que loucura ser poeta
E há quem diga poeta eu queria ser
Esse ser que não se ama, se afeta
Ah! Poeta eu quero ser até morrer...
Leonardo Guimarães
sábado, 22 de março de 2008
Quem sou

Luto em nome do amor
Dos bandidos, sou Pixote
Tiraram-me meu valor
Em sentimentos, sou tolice
E não sei pra onde vou
Na pureza, sou Alice
E de certo não sei quem sou...
Da droga, sou o vício
E dos animais, sou a fera
Dos amantes, sou Vinícius
Vinícius? Ai quem me dera...
Leonardo Guimarães
sexta-feira, 21 de março de 2008
A ararinha e a gaita
Onde foi que escondestes minha gaitinha
Sem ela sou fraquinho, fraquinho... Não vê?
Diz-me logo onde pôs, minha ararinha
Dá-me e toco aquela música que gostas
Aquela mesmo em que levantas a patinha
Sacodes o bico e treme as penas com as notas
E depois pula, pula alto, ararinha...
Que arara mais marota e brincalhona
Dentre todas, é esta, arara minha
Pega a gaita, toda noite, na poltrona
E esconde bem debaixo da asinha!
Leonardo Guimarães
Soneto de amar
Somente a solidão restou
Não conheço-te mais, todavia
Fostes tu que em meu peito celebrou
Surgiu, floresceu e morreu
Como tudo nessa vida de matar
Era flor desabrochada esse amor teu
Era estrela, viva em noite de luar
Mas passa, sempre passa – e passou!
E essa dor que talvez fique, e sempre fica
É inefável dor de amor – de quem amou
Lembrar-te é ver-te como espinho que me fura
É sentir-te como luz que se apaga
É viver-te, degustar-te em amargura...
Leonardo Guimarães
O querer
Não devo!
Quero? Não sei...
Quero a Paz, quero o Sossêgo
Da dor, um pouco...
Não muito!
É preciso que seja a medida ideal
Que venha inesperadamente
Como a chuva de verão
E que seja branda.
Felicidade é bom, mas demais, enjoa.
Quero também, se possível, um quintal
Não grande! Que dê pra andar lentamente
Pisar as folhas secas no chão
E que sempre pareça tocar uma cantiga
Talvez de ciranda... Uma cantiga atôa.
Quero uma cabana perto do rio
Onde eu fuja e tente me achar
Ou que me perca, me perca por lá
E ninguém nunca mais encontrar...
E que bom seria um amor...
Para comigo estar,
Para comigo andar,
Para comigo amar...
Leonardo Guimarães
sábado, 15 de março de 2008
Se tu entrasses por esta janela agora...

Se tu entrasses por esta janela agora
De certo, não me veria
Veria muito, e não veria a mim.
Veria minha dor, balançando-se na cadeira
E a pouca felicidade, já em cinzas, na lareira...
Respiraria meu ar cansado, e veria ao chão
Dilacerado, meu verbo inconsútil.
Ainda estariam, como fumaça, os amores deixados
Os amores deixados, os amores roubados...
Veria minhas crenças sobre a cabeceira
Veria meu erros, que tanto escondi
Tocaria minha pureza de mulher-freira
E choraria ao ver ali, onde vivi
Meu corpo manso, alheio a tudo
Meu corpo calmo, ainda desnudo
Minha vida breve, breve de tudo...
Mas de certo, ali, eu não estaria.
Tu andarias e viria me afagar
Espantado, pararia e escutaria
O barulho de taco velho a estalar
Olharia, olharia e não veria...
Olharia, olharia e não veria
Pois de certo, ali, eu não estaria...
Leonardo Guimarães
sábado, 8 de março de 2008
domingo, 24 de fevereiro de 2008
O Domingo
O Domingo chega bonito, mas triste.
Não há quem diga que o domingo é um bom dia
Para um piquenique na praça,
Para o passeio do campo,
Para o torneio da taça,
Para o beijo do banco.
O Domingo é maroto e assim permanece.
Sonso, definhante, estático.
A missa é o refugio mais doce
Pois o Domingo é bom para a prece.
Oh Deus o que é o Domingo?
O dia é claro, a tarde é calma e a noite enlouquece.
Mas o que seria do poeta
Se o Domingo aqui não estivesse?
Leonardo Guimarães
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
A Margarida

De tarde um tanto nublada
A Borboleta tenta e persiste
Pousar na Rosa ensimesmada
A Margarida de longe observa
E aprecia sem dizer nada
E quieta, ali, se preserva
Guardando-se enciumada
Mal sabe a Borboleta linda
Que a Margarida a espera chorosa
Enquanto o Cravo prepara a vinda
Para o encontro da bela Rosa
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
O Amor chegou
Olhou pros lados sem saber de onde vinha
E conformou-se
Fazer o que se o já o tinha...
De seca já estava a boca
O amor lhe batia acelerado
Consciência, da que havia, era pouca
Mas de sonhos, aí sim, restava um bocado...
Não tinha hora, não tinha lugar
Não tinha ninguém.
E mesmo assim, insistia
Como convém...
Sabia das dores que o amor traz
Mas gostou da hora, em que triste, se fez
Mesmo assim roncava no peito e se julgava capaz
De sofrer... De sofrer e de tudo agüentar outra vez...
E vivia a amar, e vivia a sofrer
E chorava aos cantos, mas ainda, enamorado
Mas assim preferia, ter da dor, e viver
Que de todos os dias da vida, nunca ter amado...
Leonardo Guimarães
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
O casal que passa.
Depois dos portões nada é meu
Nem o casal singelo
O casal que passa é belo
Ah meu Deus
Como é belo
O casal que passa...
O casal que passa é junto
É claro, é suave
Deixa rastro de cheiro doce
E passa sem dizer nada
Ingênuo ele, que a acha divina
Menino do casal que passa
Que na verdade a doce menina
Não passa da louca devassa
Mas não importa, o casal, Deus meu
Mesmo belo e completo em graça
Pois tu sabe que é desejo meu
Ser eu o casal que passa...
Leonardo Guimarães
Minha vida sem mim.

Mais musical, colorida, bonita...
Seria menos melancólica, menos nostálgica
Seria poesia...
Seria mar em calmaria
Desabrochar de uma flor
Seria tarde, noite e dia
Talvez ódio, talvez dor
Minha vida sem mim seria vida
E não o que vivo, e assim insisto
Teria começo, meio e fim – talvez feliz
Seria canção...
Canção em harpas, violinos, clarinetes...
Das vozes, as mais belas: Tenores e sopranos
Macias, todas elas, afinadas, sem falsetes
Dos poemas os mais belos: dos românticos aos parnasianos
Minha vida sem mim seria o fogo que molda
Forma o que toca, fere a quem encosta...
Neblina e nevoeiro,
Seria solidão...
Porém não teria sabor
Oh Deus minha vida sem mim...
Não teria meu sincero amor,
Minha vida não seria assim...
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Os três de mim.

O que vive no passado, o que vive no presente e o que vive no futuro.
Sobre o do passado, eu já sei tudo: Seus erros, suas vitórias, seus defeitos e qualidades, suas desilusões, suas paixões – as quais sempre insiste em relembrar...
Sobre o do futuro, pouco sei. É incerto e instável. Pode ser que venha logo, ou que demore, que nunca chegue...
Mas o que mais me perturba é o do presente. É realmente difícil conviver com as lembranças do passado e os devaneios incertos do futuro.
Uma parte dele é feliz, mas a outra é triste. Uma parte é sonho e a outra esquecimento. Ele é quase tranqüilo, quando não é quase agitado, e também é doce e terno, naqueles momentos, quando não está enfurecido. Sente-se livre sozinho, mas precisa de alguém para controlar seus vôos e fazer com que volte... Ora, como pode ser alguém tão dividido que seja quase forte, quase fraco, que quase viva, nas horas que quase não morre? É quase entendido quando não é quase confuso. Então descobriu que a culpa não era dele, nem delas... o problema foi que ele quase amou...
Leonardo Guimarães
Coisas a se dizer
Pensei em algo poético, suave, terno
Mas achei que poderia dar ar apaziguador
Pensei em coisas calmas, das que se dizem no inverno
Mas não achei conveniente: Estávamos no verão
Então pensei em algo triste, nostálgico, depressivo...
Ora... Isso não é preciso
Os pássaros, com seu piar
Sugeriram algo alegre, paralisante
Algo empolgante, incoercível...
Mas eu sou medo, sou angústia, sou receio
Sou desconexo, bipolar... Devaneio
Sou triste ao me rir
E fico feliz chorando
Digo calado o que não sei sentir
E nada digo ao me botar gritando
Então pensei no que dizer
E antes que a paixão amiúde me invada
Achei o melhor a se fazer
De todas as minhas fraquezas, escolhi a prudência – Não disse nada
Leonardo Guimarães
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Não estou inspirado mas estou feliz.
domingo, 23 de dezembro de 2007
O que dizer?
Porque um dia dar explicações cansa. Porque um dia fazer e responder perguntas cansa.
Ora! O que não cansa nesse mundo? Assim o fez. Aos cumprimentos respondia acenando, aos pedidos, respostas negativas, era mais simples balançar a cabeça para os lados, qual seu nome? Não mais tinha. Até que um dia, ao chegar em casa mais cedo, viu a esposa na cama com outro. Nada disse. Não sabia o que dizer.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Ao amigo Armstrong

Ao som de La vie en rose,
Cantada pelo amigo Armstrong,
Com o bom Jazz de New Orleans.
Meu amigo Armstrong
Dá uma força no dilema
Não tem fumo nem uísque
Imagina meu problema?
O coração ta apertado
Mas você ta ajudando
To cortando um dobrado
Mas a vida eu vou levando
Ta certo que eu errei
Quem amo não me ama mais
Saber disso eu bem sei
Mas aceitar, amigo... jamais!
Saudade daquele tempo, sabe
Que eu amava e era amado?
Dor no peito não mais me cabe
To sofrendo um bocado
É você amigo, verdade
Que pode me ajudar
Mas volto à realidade
Quando a música acabar
Leonardo Guimarães
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
As vezes sou assim...
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Te amo como o meu cigarro
Pergunto-me se é assim que mereço
Sou cão fraco que não morde nem late
Sem você não sou nada. Pereço...
Por você paro até de fumar, ô
De beber, de cantar e fingir
Por você, meu amor, só não paro
De sonhar, de amar e mentir
Leonardo Guimarães
Todo teu, eu sou.
E disso não mais se esquece
Teus beijos, teu corpo... todo meu
É brasa que me aquece
E a cabeça? Só vive em ti...
Assim nem consigo pensar
A todo te quero aqui
E não estou a reclamar!
Manda um beijo daí, assim...
Pra ver se chega por cá
Se não chega amor, ai de mim...
Tenho de ir aí pra buscar.
Leonardo Guimarães
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Chovia no seu dia de merda.
Noite
Pensar não é o problema, mas eis justamente aí o problema...
Leonardo Guimarães
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
domingo, 21 de outubro de 2007
Amar é para os fracos...
Pipocavam na cabeça – doces e salgadas
Tanto, mas tanto pensava, que a cabeça lhe doía
Quando alegre, entristecia
Por triste estar, se sorria
Falava o que não devia
Sonhava o que não queria
Sentia o que não sentia
As paixões que não podia – quem disse que não?
Como nunca as vivia – fundamentadas ou em vão...
Eternamente apaixonado
Pelo que ou por quem não sabia
Até que um dia descobriu
Que não bastava só sentir
Que não bastava só sonhar
Que nexo não tinha sorrir
Muito menos sorrir por amar
E há quem diga que o melhor
No ato de se amar
Em vez de alegre ficar
Seria de tudo e muito chorar
Para que comemorar
O que – claro – te fará sofrer?
Não há como se entregar
E depois não se foder...
Zomba de mim porque gosto
Chama-me de doido varrido
De infante amoroso sofrido
De coração corrompido
De burro, imbecil ou bandido
Mas não te esqueças, amigo
De bem alto me humilhar
Para que todas que muito amei
Não se deixem de escutar.
Leonardo Guimarães
sábado, 20 de outubro de 2007
O momento
Leonardo Guimarães
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Desde sempre amou demais....
http://br.youtube.com/watch?v=VaoOK1MyGNE
Amou a tia, professorinha de primário
Amou a colega – a da carteira ao lado
Amou o amiguinho, o que brincava de carrinho
E porque não o vendedor de algodão doce?
Amou o pássaro cantando na árvore
A orquestra na praia de Copacana
Amou o jardim, o banco, o passeio
Até o café, ainda que com torrada de pão de centeio
Amou a jovem, branca de cabelos curtos
E as outras duas sentadas no muro
Amou principalmente a morena, de cabelos enrolados – e idéias tão quanto
Lábios carnudos, olhar meigo e terno
Ainda que só tenha durado um inverno – o melhor deles...
Amou a loirinha, baixinha, gordinha, ainda que antes
E a mais formosa e mais bela delas
Dos olhos mais belos, mais verdes, mais sedutores...
Dos cabelos lisos, tanto grandes ou curtos – ainda mais belos
E assim foi preso
Nos enlaces de seu sentimento...
...amou demais.
“Eu sei que vou sofrer, a eterna desventura de viver, na espera de viver ao lado teu, por toda minha vida...”
Leonardo Guimarães
quarta-feira, 17 de outubro de 2007

BEIJA-ME DE REPENTE,