sexta-feira, 21 de março de 2008

Soneto de amar

Do amor que em mim havia
Somente a solidão restou
Não conheço-te mais, todavia
Fostes tu que em meu peito celebrou

Surgiu, floresceu e morreu
Como tudo nessa vida de matar
Era flor desabrochada esse amor teu
Era estrela, viva em noite de luar

Mas passa, sempre passa – e passou!
E essa dor que talvez fique, e sempre fica
É inefável dor de amor – de quem amou

Lembrar-te é ver-te como espinho que me fura
É sentir-te como luz que se apaga
É viver-te, degustar-te em amargura...


Leonardo Guimarães

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