domingo, 14 de setembro de 2008

Meu Funeral




Quando eu morrer
Quero algo solene...

Traje a passeio, para formalizar
Óculos escuros, somente por estética
Nada de velas, de faixas, de ditos...
Mas das flores não abro mão.

A música tem que ser triste,
Em tom de adeus.
Violão dedilhando e metais soprando.
Tudo muito suave...

Peço que deixem
Que todos cheguem a mim
Que me peguem, me beijem, me abracem
E que chorem em mim,
Se lágrimas houver...

Quero, por último
Que me cubram e enterrem
Quando o último, seja quem for
Retirar-se de meu lado
Por vontade própria.


Leonardo Guimarães

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