terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pra Liz


Eis que surge lá no céu
Em luzes fortes a brilhar
Um disco belo em tom pastel
Nervoso de tanto girar
E a moça em estado paralisado
Olha e vê o não habitual
Disco voador tão almejado
Pousando ali no seu quintal

domingo, 14 de setembro de 2008

Meu Funeral




Quando eu morrer
Quero algo solene...

Traje a passeio, para formalizar
Óculos escuros, somente por estética
Nada de velas, de faixas, de ditos...
Mas das flores não abro mão.

A música tem que ser triste,
Em tom de adeus.
Violão dedilhando e metais soprando.
Tudo muito suave...

Peço que deixem
Que todos cheguem a mim
Que me peguem, me beijem, me abracem
E que chorem em mim,
Se lágrimas houver...

Quero, por último
Que me cubram e enterrem
Quando o último, seja quem for
Retirar-se de meu lado
Por vontade própria.


Leonardo Guimarães

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Pode mesmo ser

Pode ser que o tempo passe
E que todos fiquemos para trás
Que acabe o momento, que apague a chama
E que o vento leve o que restou de nós

Pode ser, talvez, que tudo acabe
E acabe assim, derrepente, num instante

Que a dor corrompa a felicidade
E eu esqueça como é amar
Desastre na vida, pior não há...

Quero amar, voltar a sorrir, voltar a viver
Quero chorar, ter quem abraçar, ser livre, voar
Chegar derrepente e presentear ao aparecer
Aquela que amo, por quem sofro e quero viver

Oh vida, devolva, não seja cruel
Assim tu me amargas, me tira o razão
Dilacera meu peito, quebra o anel
Que existe entre ela,
Que passa por mim,
E encontra o céu...


Leonardo Guimarães